O primeiro capítulo é sobre a chegada de Diana a Oregon, espero que gostem:
Capítulo I
Após imensas horas de voo, finalmente
o avião aterrava no aeroporto de Oregon. Horas entediantes, que nem um caderno de
desenhos e um lápis conseguem fazer o tempo passar mais rápido. Tal como sobrevoar
o oceano também perde a sua graça. Ao menos as últimas horas de voo ainda
conseguiram ser interessantes. Ainda pode apreciar o verde das árvores, os grandes
campos agrícolas norte-americanos e ainda grandes cidades. E para sua sorte a
diferença horária era muito compensadora, e assim ainda podia aproveitar de uns
doces raios de Sol de Setembro deste dia.
Mas para Diana Dragon, estar num
avião era algo vergonhoso à sua espécie. Ficava com pena das suas asas cor-de-morango,
que estavam muito desconfortáveis com as costas da cadeira do avião. Era preferível ter feito a viagem toda pelas
suas próprias asas, mas o seu pai achou que não. Ainda se lembrava da conversa
que tivera com o pai sobre o assunto, no início do Verão:
- Mas pai, eu posso facilmente fazer o trajecto todo a voar. E para não ser
cansativo faço umas quantas paragens pelo caminho e aproveito para ver outros
locais!
- Ainda tens as asas muito pequenas, não aguentarias atravessar meio
oceano. E como levarias a bagagem, posso saber?
O senhor Dragon era um daqueles
dragões a qual se deve prestar um imenso respeito. Ao contrário da filha, o senhor
Dragon, mais conhecido pelas criaturas mágicas como Drako - o imponente, era um
dragão robusto de grande porte cor-de-sangue. Dentes afiados, escamas
cortantes, e grandes chifres afiados tornavam-no num monstro a temer. Mas como qualquer
outro dragão, tem um coração de ouro e em primeiro lugar vem a segurança dos
seus tesouros:
- Mas é uma vergonha um dragão andar de avião!
- Uma vergonha Diana, é transportares toda essa bagagem e depois ficares sem
forças em pleno voo. Se fosses como eu, sim seria um decoro, mas como não és, terás
de aceitar a tua natureza. E em primeiro lugar vem a tua segurança, minha
filha.
A discussão tinha terminado, não
podia contrariar, o seu pai tinha razão, apesar que destetasse que o pai não
tivesse noção das suas capacidades. Não tinha culpa de ter nascido assim, não
tinha culpa da sua estatura humana com aparência de dragão. Mas preferia ser
assim, podia usar as roupas que quisesse e podia desfrutar da mesma sorte que
as normies têm, e agora iria começar uma nova vida e ia ser tudo novo.
Já estava farta da maneira que os
monstros europeus tinham de viver, estava farta de ter de mudar de casa a toda
a hora por causa dos vizinhos humanos. Era verdade que sentiria muita falta das
florestas e das criaturas mágicas que ainda existiam nelas, mas ao menos em
Oregon podia ser outra Diana, podia parar de ter de se disfarçar sempre que
queria ir a uma loja, porque apesar de ser uma vergonha à comunidade de
monstros, um monstro ter de se esconder, era muito mais simples do que ouvir
comentários desprezíveis.
Agora em Oregon tudo seria diferente.
Podia tornar os seus sonhos de adolescente realidade. Podia parar de usar roupa
que lhe cobrisse todas as escamas cor-de-morango. Iria sentir saudades do pai é
verdade, mas agora podia se vestir como queria, e usar a maquilhagem que
quisesse. Estava há séculos à espera deste dia, e agora podia fazer parte do
liceu de monstros mais afamado – Monster High.
Enquanto pensava como seria o seu
primeiro dia de aulas, as suas pequenas sabrinas pretas finalmente tocavam em Oregon,
já começava a sentir o ar fresco a lhe cobrir a camisola de manga comprida
preta, o leve aroma dos pinheiros, e a ouvir as conversas dos monstros
norte-americanos. Sentia uma alegria imensa dentro de si, sentia-se feliz.
Enquanto ficava á espera que as suas
malas passassem no tapete rolante, podia apreciar a quantidade de monstros
diferentes, reparou num rapaz assim dizendo da sua idade, com uma crista de
serpentes verdes e com um par de óculos de sol tal como a mãe dele, podia ver
uma família completa de gobelins, uma múmia deslumbrante com um lindo cabelo pintado
de azul extremamente bem tratado e reluzente. Quem lhe dera que o seu longo e liso
cabelo preto tivesse aquele brilho e aquela textura, mas em vez disso estava
com um monte de pontas queimadas e estragadas para sua infelicidade. Isto
porque sempre que dá um espirro ou tosse, Diana liberta sempre um pequena chama
que acaba por atingir o seu cabelo, por isso usa-o amarrado normalmente, mas
hoje apeteceu-lhe usá-lo solto.
Após um bom tempo de espera, as suas malas
vermelhas com alfinetes com pendurantes finalmente começavam a deslizar pelo
tapete rolante, e assim que cada uma aparecia, Diana corria para apanhá-la e
metia-a no carrinho, apesar de para isso ter de ficar exprimida por uns gárgulas
matolões que se colocavam à frente da berma do tapete. Mas não eram esses pormenores
que a iam distrair, o que importava é que já tinha chegado.
Após ter passado pelos vampiros alfandegários,
bastava procurar um casal deveras esquelético. ‘’Devem ser um casal meio para o
arrepiante, quer dizer os seres elementais de ossos que conheci até a mim
arrepiavam!’’, pensara, até que se deparou com um casal esqueleto com uma fina
camada de pele branca, sorridentes e uma placa a dizer Diana Dragon, até pareciam
aqueles guias turísticos com placas a identificar a agência.
-Menina Dragon, não é? –perguntou , o
marido, um homem extremamente esquelético com uma aparência excessivamente cuidada
com os eu fato de bombazine cor de caramelo e um sorriso na cara angular com um
bigode castanho.
-Sim, sou eu- respondeu, enquanto
apreciava os seus anfitriões
-Oh querida! Não precisas de levar o
carrinho, o nosso mordomo leva. – advertiu a mulher, uma senhora sorridente,
que tal como o marido, tinha uma aparência esquelética mas muito elegante.
Tinha cabelo preto encaracolado pelos ombros, lábios pintados de vermelho, um
colar de pérolas pretas verdadeiras, um vestido preto que delineava bem as suas
costelas com saia balão, usava uns colãs
cinza e uns sapatos vermelho bordô, e era de salientar a aliança recheada de
diamantes
-Oh obrigada, mas eu podia levar as
malas. – respondeu Diana, enquanto o mordomo gárgula com uma idade já bastante
avançada e umas quantas rachas, pegava nas suas malas
-Deixa estar querida, é para nós uma
imensa honra ter-te como nossa hóspede, e serás tratada com um imenso respeito –admitiu
a Senhora Bone.
Quando Diana telefonou-lhes se não se
importavam de a hospedar, ficara surpreendida com a alegria que tiveram ao
ouvir o pedido. Os seres elementais de ossos sempre tiveram um grande respeito
por dragões, guardavam os ovos e cuidavam das crias quando os pais não estavam,
para eles um dragão deve ser tratado como um rei. E em compensação, um dragão
sempre lhes concedia a sua protecção.
- Fico muito agradecida Senhor e
Senhora Bone- respondeu Diana com toda a sinceridade
-Podes me chamar Arga, e ao meu
marido de Thone.
-Bem vamos para o carro, já está a
ficar tarde, pelo que sei amanhã começas as aulas em Monster High. –interveio o
senhor Bone
Diana seguia o casal até à viatura, e
assim iniciou o seu trajecto pelas estradas de Oregon. Podia admirar a
paisagem, a montanha ao longe com neve e um grande número de árvores de todos
os tons de verde e cheirar o aroma a madeira.
Após uns quarenta minutos a andar de
carro, o mordomo tinha virado o carro para uma grande propriedade escondida
pelo denso arvoredo. E aí estava a mansão Bone, uma grande casa de telhado cor-
de-cinza, que já devia ter mais de um século. Era aí onde viveria enquanto
estivesse em Oregon. Era uma casa certamente diferente do pequeno castelo em
que vivia, mas gostava.
Após uma longa visita pela majestosa
e antiquada mansão, Diana foi finalmente escoltada para o seu quarto. Um quarto
muito espaçoso com uma grande cama com lenções com uma cobertura de seda, e um
grade número de almofadas, era um quarto com decorações do século XIX, com cores
pasteis que se destacavam da grande quantidade da cor cinza que cobria o
quarto, mas gostava, e aliás seria uma falta de educação dizer que preferia
algo mais moderno, após terem sido tão simpáticos com ela.
-Se precisares de alguma coisa
querida, tocas este pequeno sino e o Garlfredo virá. – afirmou docemente a
senhora Bone
-Está bem. –disse sorrindo – e obrigada
por tudo!
Agora estava finalmente sozinha no
seu quarto, e agora podia abrir as malas. Pegou na pequena mala de mão preta, e
após ter aberto o poderoso cadeado de ferro, tirou um pote de loiça muito
delicado do meio de panos que o cobriam para não se partir.
-Já podes acordar Flame – disse mirando
um monte de cinzas com os seus grandes olhos amarelos – , já chegamos.
E do pequeno monte de cinzas emergiu
uma pequena ave cinzenta recém -nascida, com umas minúsculas penas cor-de-fogo
- uma fénix, que acordará para uma nova existência.
- É uma nova vida para mim e para ti –
disse Diana à pequena fénix, enquanto observava o liceu de Monster High pela
janela – será tudo novo a partir de agora
Fiquei sem palavras!!!
ResponderEliminarLiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!!!!!!!!!!!!!!!
Eu simplesmente...AMEI!
ResponderEliminarVocê escreve muito bem.
Estou super ansioso para os próximos capítulos.
voce podia faser uma pagina para os capitulos do livro
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